Nesta sexta-feira, 31 de maio, é celebrado o Dia do Aeroporto, uma data que deveria ser marcada pela valorização e reconhecimento da importância dessas estruturas para o desenvolvimento de uma região. No entanto, a realidade do aeroporto de Feira de Santana causa mais decepção do que orgulho.
Constantemente, parece que o aeroporto está destinado a regredir em vez de avançar, refletindo a negligência e a falta de investimento que assola este equipamento.
O aeroporto de Feira passa ainda uma ideia de equipamento instável. Tivemos o cancelamento do voo Feira-Salvador, que operou por apenas cinco meses antes de ser interrompido. Além disso, recentemente rumores sobre a suspensão dos voos para Recife acentuam a instabilidade. Esses acontecimentos não apenas prejudicam um modal de transporte, mas também afetam negativamente a imagem e o desenvolvimento econômico da nossa cidade.
Em uma visita ao aeroporto no início deste ano, a experiência foi alarmante. A estrutura com aparência de abandono não promovia conforto aos passageiros, a exemplo de um ventilador na área de desembarque que estava quebrado e também pelo excesso de mosquitos, principalmente no banheiro. A sensação de estar em um local desprotegido e negligenciado era visível.
Para uma cidade com mais de 600 mil habitantes, a segunda maior da Bahia, essa situação deveria ser inaceitável e é vergonhosa.
Ao Acorda Cidade, a professora Isabel de Jesus Santos, que realizou uma viagem para Recife em março deste ano, relatou também sua experiência, destacando o desconforto causado pelo calor intenso, agravado pelo mau funcionamento do sistema de ar-condicionado.
“Com apenas um ar-condicionado funcionando é um absurdo, especialmente considerando o preço das passagens. O calor estava insuportável”, disse ela.
Feira de Santana, uma cidade em crescimento, enfrenta um paradoxo doloroso: crescer sem se desenvolver de forma efetiva. Um aeroporto nessa condição representa um entrave significativo para o progresso. A infraestrutura inadequada, a climatização insuficiente e a falta de segurança nos arreadores não apenas tornam a experiência dos passageiros desagradável, mas também limitam o potencial de atração de outros investimentos e turismo.
Nos relatos de uma matéria recente em que a companhaia Azul solicitou alteração na malha aérea, os internautas do Portal Acorda Cidade criticaram o descaso em que o aeroporto é tratado.
Em um comentário a estrutura do aeroporto é até colocada abaixo de estruturas de alguns terminais rodoviários. Em um outro comentário um internauta aponta que cidades menores têm ofertas de voos mais frequentes, evidenciando o retrocesso de Feira de Santana. Outros expressaram a frustração generalizada, afirmando que nada parece dar certo para os feirenses.
Será o aeroporto de Feira de Santana mais um símbolo do círculo vicioso de desinvestimento e abandono? A cidade merece uma infraestrutura aeroportuária que esteja à altura de sua importância e potencial. A cidade grita para que todos os lados mirem em direção ao progresso, mas até que isso seja alcançado, a celebração do Dia do Aeroporto continuará sendo um lembrete das oportunidades perdidas e da necessidade urgente de mudanças reais e não no imaginário.
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fonte Acorda Cidade
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